domingo, 28 de setembro de 2008

viu o que eu ganhei?!

Ganhei um livro, mas quero primeiro fala do filme que eu assisti ontem.
“The Darjeeling Limited”.
Filme do ano passado, que no Brasil teve o título de “Uma Viagem à Derjeeling” do brilhante-sem-noção Wes Anderson (“The Life Aquatic with Steve Zissou” e “The Royal Tenenbaums”) que chega ao ano que vem com a animação “The Fantastic Mr. Fox” (isso, aquela mesma velhaca da raposinha) que já está em pós-produção.
O filme é maluco (como se pode esperar de Wes) e conta a história de três irmãos, problemáticos , hipocondríacos e "comedores de cigarro", que não se viam fazia um ano, desde o funeral de seu pai. A mãe os abandonou e nem no funeral apareceu. Em uma tentativa de reatar os laços, os três topam fazer uma viagem espiritual. Lógico que tudo tem segundas intenções e no meio do caminho, vira outra coisa; até o trem em que eles viajam “se perde” (o que gera uma das melhores piadas do filme; “Jack: What did he say?/Peter: He said the train is lost./Jack: How can a train be lost? It's on rails.”).
A trilha sonora é de primeira, com uma de minhas músicas preferidas (“Strangers”, do The Kinks) de pano de fundo para uma das cenas mais geniais. No elenco, só amiguinhos-do-diretor excelentes atores, como Bill Murray, Angelica Houston (que me deu vinhos e azeitonas em Gramado lá nos coquetéis do Banrisul), Adrien Brody (sim, “o pianista”), Owen Wilson (aquele loirinho engraçado, e de nariz torto, amigo do Ben Stiller) e, meu preferido entre todos, o sr. Jason-“you-rock-rock”huckabees-darjeeling-coconut records-Schwartzman (que assim como Angelica e Murray, estará em “The Fantastic Mr. Fox”, ao lado de George Clooney e Cate Blanchett e que, assim como o sem-sal Adam Sandler estará no filme do mais-sem-sal-ainda Judd Apatow, "Funny People").
Como não sou fã de spoilers, vou parar de “contar o filme” por aqui.
Vale que é genial e faz bem pra alma, assim como todo o Wes Anderson.



Pronto, agora vamos ao presente, uma edição britânica de 1976 de “The Old Man and The Sea”, do mestre Hemingway.
Imaginem minha alegria! Saltitava pela casa, segurando o livro com as duas mãos apontadas para cima de minha cabeça gritando “não acredito!!!”, com um sorriso de orelha a orelha.
Pra quem não conhece, ele foi um dos mais famosos escritores gringos da chamada “Lost Generation” e, com esse livro, que escreveu em Cuba em 52, ganhou o Pulitzer em 53 e o Nobel de Literatura em 54. Além de repórter, Hemingway atuou na Guerra Civil contra o facismo e na Primeira Guerra Mundial como motorista de ambulância da Cruz Vermelha, trabalhou como espião em Cuba e casou-se quatro vezes.
Suicidou-se, assim como seu pai, em 61 com um fuzil de caça.
Hemingway sempre foi assunto para meu preferido Hunter Thompson, que, em uma entrevista em 2000 disse, ao ser perguntado sobre quem o influenciou; “(...)Foi a mesma coisa que senti em relação à Hemingway quando fiquei sabendo dele e de sua obra. Pensei: Jesus, algumas pessoas conseguem fazer isso”, resposta que envolvia a forma de Kerouac escrever e como Thompson “percebeu” que poderia escrever bem sobre drogas e ser publicado.
Fitzgerald, outro grande nome da “Lost Generation” dizia que Hemingway precisava de uma mulher para cada livro, sobre seus casamentos e várias amantes. (rá!)

"A lealdade de Ernest era difícil de se conquistar e podia desaparecer com enorme facilidade". Burgess

Tudo diliça.
Nada melhor.
Ficadica.
Luv.
 

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