terça-feira, 2 de setembro de 2008

mini revolta antes de viajar

Daqui a pouco faço minha peregrinação em função de Curitiba (da ZL para a ZS e depois Tietê, por não ter conseguido passagem aérea acessível – lê-se menos de R$ 700,00 para fazer a mesma coisa que um ônibus faz por R$ 70,00 só que com 5 horas a menos) só que tive que voltar até aqui para uma questão que pretendo levantar mais adiante.
Por acaso você sabe quantos brasileiros tem acesso à Internet hoje em dia? Não? Então eu ajudo; 49 milhões de brasileiros têm acesso à Internet (pra quem nunca leu geografia, não sabe o que é IBGE, nunca assistiu Jornal Nacional ou qualquer outro lixo jornalístico opinativo equivalente ou tem preguiça de digitar “Brasil” no Google, eu aviso que a população tupiniquim passa dos 189,612,814 habitantes), o que é muito mas muito mesmo pouco.
O que isso tem a ver com minha viagem? Tudo.
Estou na casa de amigas que têm acesso à Internet, mas por estarem usando o computador, resolvi ligar para o terminal rodoviário e me informar sobre alguns pontos que não sabia e nem venham com papo de pobre-menina-rica. O que me deixou pasma foi descobrir que toda e qualquer informação sobre o terminal (não sendo sobre números de telefones de viações) só poderia ser feita online.
Não sejamos hipócritas, o transporte rodoviário é o mais popular tirando os pau-de-arara no país. Eu sou o exemplo vivo, não tinha 700 pila para uma passagem, mas tinha 70. Partindo desse princípio, porque razões eu teria condições de ter um acesso imediato (já que precisava da informação naquele exato momento) à Internet?
Você pode até me dizer que telefone também não é todo mundo que tem, mas é muito mais acessível.
Um absurdo, e não por ter sido comigo, já que logo depois pedi licença e me conectei ao site as Socicam; é um absurdo pelo simples fato de só informarem através de um produto de difícil aquisição.
Óbvio que não irei deixar isso barato e posteriormente verei o que posso fazer para questionar isso, mas, antes que tudo se perca enquanto viajo e leio o último do Woody Allen (que aliás, é brilhante), nada mais fácil que manifestar minha revolta por aqui.
Peço desculpas para quem lia o antigo blog e vem aqui para relaxar, dar risada e passar um tempinho e para os leitores novos que buscam o mesmo, mas não é só de alegria que se vive não, e como diria o Stockton; “não tenho tempo para flores”. Ao menos me fazem esquecer delas nesses momentos.
Boa viagem para mim.

see ya.
you’re no fun any more
 

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